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7. O Ministrio dos Anjos (Ministry of Angels)

A caracterstica mais bsica dos anjos bons vista no modo que eles so descritos em Hebreus 1:14 como espritos ministradores e nas muitas e variadas atividades do ministrio deles como descrito na Bblia. Essencialmente, eles atuam como mensageiros sacerdotais (leitourgika pneumatata) no templo-universo de Deus.30 Do total das atividades deles na Bblia, o trabalho deles pode ser resumido assim: (1) adorao a Deus (Isa. 6:3; Apoc. 4:8), (2) como mensageiros de Deus (Dan. 9:22; Lucas 1:11, 26, 2:9; Apoc. 1:1), (3) como soldados em combate espiritual (Dan. 10:13f; Apoc. 12:7), e (4) como ministros a favor do povo de Deus (Heb. 1:14). A respeito da atividade deles como espritos ministradores, Bushwell comenta:

A pergunta pode ser feita, se ns no estamos a adorar os anjos, ou de qualquer forma orando a eles, qual o valor da doutrina que eles so espritos ministradores? Em resposta a isto, podemos dizer que pelo menos o ensino bblico com respeito ao ministrio dos anjos, traz um bonito enriquecimento da nossa concepo do governo de Deus no mundo.31

Como os servos celestiais de Deus que levam a cabo os propsitos dEle, podemos observar que o ministrio deles tem vrios relacionamentos diferentes: 32

Em relao a Deus: No servio deles para Deus, eles so vistos como servos ao redor do Seu trono, esperando servir-lO e fazer a vontade dEle (Slm. 103:20; Is. 6:1f; J 1:6; 2:1; Apoc. 5:11; 8:1f), como adoradores em louvor dEle (Isa. 6:3; Slm. 148:1-2; Heb. 1:6; Apoc. 5:12), como observadores que se alegram pelo que Ele faz (J 38:6-7; Lucas 2:12-13; 15:10), como soldados na batalha contra Satans (Apoc. 12:7), e como instrumentos dos julgamentos dEle (Apoc. 7:1; 8:2).

Em relao s Naes: Em relao nao de Israel, Miguel, o arcanjo, parece ter um ministrio muito importante como o guardio dela (Dan. 10:13, 21, 12:1; Judas 9). Em relao a outras naes, eles observam os governantes e as naes (Dan. 4:17) e procura influenciar os lderes humanos delas (Dan. 10:21; 11:1). Na Tribulao eles sero os agentes que Deus usar para fazer cumprir os Seus julgamentos (veja Apoc. 8-9 e 16).

Em relao a Cristo: com o plano de Deus centrando na pessoa do Seu Filho, Jesus Cristo, eles naturalmente executam muitos servios para o Salvador.

    Em relao ao Seu nascimento, foi predito por eles (Mat. 1:20; Lucas 1:26-28) e ento anunciaram o Seu nascimento (Lucas 2:8-15). Um anjo advertiu Jos para pegar Maria e o beb e fugir para o Egito (Mat. 2:13-15), e um anjo orientou a famlia a voltar a Israel depois que Herodes morresse (vv. 19-21).

    Em relao ao Seu sofrimento, anjos o ministraram depois da Sua tentao (4:11), na Sua angstia no Jardim de Getsmane (Lucas 22:43), e Jesus disse que Ele poderia ter chamado uma legio de anjos que estavam prontos para vir em defesa dele se Ele assim desejasse (Mat. 26:53).

    Em relao Sua ressurreio, um anjo rolou a pedra fora da tumba (28:1-2), anjos anunciaram a Sua ressurreio s mulheres na manh da Pscoa (vv. 5-6; Lucas 24:5-7), e anjos estavam presentes Sua ascenso e deram instruo aos discpulos (Atos 1:10-11).

    Em relao Sua segunda vinda, a voz do arcanjo ser ouvida no Arrebatamento da igreja (1 Tess. 4:16), eles O acompanharo no Seu retorno glorioso terra (Mat. 25:31; 2 Tess. 1:7) e eles separaro o trigo do joio na segunda vinda de Cristo (Mat. 13:39-40).

Em relao ao mpio: Anjos no s anunciam e infligem julgamento (Gen. 19:13; Apoc. 14:6-7; Atos 12:23; Apoc. 16:1), mas eles separaro o justo do injusto (Mat. 13:39-40).

Em relao Igreja: Hebreus 1:14 descreve o ministrio deles como espritos ministradores, enviados para prestar servios a favor daqueles que herdaro a salvao. Nisto, porm, a Bblia aponta para vrios ministrios especficos: eles trazem respostas de orao (Atos 12:5-10), eles ajudam trazendo as pessoas ao Salvador (Atos 8:26; 10:3), eles podem encorajar em tempos de perigo (Atos 27:23-24), e eles cuidam das pessoas de Deus na hora de morte (Lucas 16:22).

Em relao a Novas pocas: Ryrie mostra que os anjos atuam de maneira incomum quando Deus institui uma nova poca no correr da histria e a ele nos d os tpicos:

A. Eles se uniram em louvor quando a Terra foi Criada (J 38:6-7)

B. Eles estavam envolvidos no momento que Deus transmitia Sua Lei a Moiss (Gal. 3:19; Heb. 2:2).

C. Eles estava ativos no primeiro Advento de Cristo (Mat. 1:20; 4:11).

D. Eles estavam ativos durante os primeiros anos da Igreja (Atos 8:26; 10:3, 7,; 12:11)

E. Eles estaro envolvido em eventos que cercam o Segundo Advento de Cristo (Mat. 25:31; 1 Tess. 4:1)33

Claro que, o ministrio dos anjos foi atuante em outros tempos, mas a pergunta surge naturalmente, especialmente devido nossa fascinao com os anjos no presente dia, h evidncia bblica que este variado ministrio de anjos continue funcionando na presente era da igreja?

Se os anjos continuaro agindo de todos estes modos ao longo da presente era incerto. Mas eles executaram estes ministrios e podem muito bem continuar fazendo assim embora ns no tomemos conhecimento deles. claro que, Deus no obrigado a usar anjos; Ele pode fazer todas estas coisas diretamente. Mas aparentemente Ele escolhe empregar o ministrio intermedirio dos anjos em muitas ocasies. No obstante, o crente reconhece que Deus quem faz estas coisas diretamente mesmo usando os anjos (note no testemunho de Pedro que o Senhor o libertou da priso mas de fato Deus usou um anjo para realizar isto, Atos 12:7-10 comparar com vv. 11 e 17).

Talvez uma inscrio que eu vi uma vez em uma igreja velha na Esccia declara bem o equilbrio.

"Embora o Poder de Deus Seja Suficiente para Nos Governar, e apesar da Fraqueza do Homem, Ele designou os Seus Anjos para nos guardar"34

Em Hebreus 13:2 lemos, No se negue a mostrar hospitalidade aos estranhos, porque por isto alguns acolheram anjos sem saber disto (NIV). A hospitalidade para com os anjos inesperados chamou a ateno de Abrao sem perceber (Gen. 18:1ff.) e L (Gen. 19:1ff.), mas ainda assim esta declarao no prova que os anjos agem hoje como nos tempos do Antigo e Novo Testamento. Como Ryrie aponta, A palavra "anjo" pode se referir a seres sobre-humanos (veja Gen. 18:1-8 para um exemplo de tal hospitalidade) ou pode se referir a um ser humano que um mensageiro de Deus (veja Tiago 2:25 para um exemplo de tal hospitalidade).35

Talvez nenhum outro aspecto do ministrio deles para com o homem seja mais comentado que a idia de um "anjo da guarda." As pessoas se perguntam freqüentemente: Voc tem um "anjo da guarda? " O conceito que cada pessoa tem um anjo da guarda especfico est somente na declarao que os anjos vigiam ou protegem como o Salmo 91:11 declara. Mas esta passagem dirigida queles que fazem de Deus o seu refgio.

O salmista explicou que nenhum dano ou desastre pode acometer aqueles que fizeram do SENHOR o refgio deles (mahseh, "abrigo do perigo";) porque Ele comissionou anjos para cuid-los. Anjos protegem de dano fsico e do aos crentes foras para superar as dificuldades, figurados aqui como lees selvagens e cobras perigosas. Satans, quando tentando a Cristo, citou o Salmo 91:11-12 (Mat. 4:6) o que mostra que a maioria das maravilhosas promessas podem ser aplicadas sem entendimento.36

Alguns diriam que esta passagem do Antigo Testamento no se aplicaria em tempos modernos, mas em Hebreus 1:14 o autor no parece dar esta idia. Os anjos so espritos ministradores em favor dos santos, e isto mostrado como uma verdade geral da Bblia e no deveria ser restrito aos tempos bblicos.

Com certeza confortante saber que Deus pode proteger, suprir e nos encorajar atravs de Seus anjos, mas este fato nem sempre garante tal livramento, e certamente ns no devemos presumir que Deus sempre dar proviso desta maneira. Logo, tendo considerado as vrias maneiras que os anjos ministram, devemos ter em mente que Deus nem sempre nos livrar do perigo ou suprir nossas necessidades de formas miraculosas ou pelos anjos ou por Sua interveno. Por Sua soberania e sbios propsitos, Sua vontade o oposto da vida claramente ilustrada e declarada nas Escrituras (veja Heb. 11:36-40).

Mas necessrio ter em vista outra verdade relativa aos anjos. Da mesma maneira que as pessoas normalmente no pensam no ministrio punitivo de anjos, assim as pessoas, nas suas idias populares sobre os anjos, freqüentemente ignoram o que a Bblia est ensinando sobre o engano dos anjos do mal de Satans (2 Cor. 11:14-15). Com razo esta sociedade ignorante disto. A razo reside no engano de Satans e no vazio do corao do homem e como ele continua buscando respostas longe de Deus e a revelao da Palavra de Deus e o Seu plano de salvao em Cristo. Como o arquienganador e antagonista de Deus, da igreja, e de todo o gnero humano, Satans o mestre do disfarce. Muito de como a sociedade pensa hoje em seu encanto com anjos claramente um produto do seu disfarce como um anjo de luz com os seus anjos que tambm se disfaram de acordo com os propsitos dele. Investigue o que est sendo escrito em livros e dito em seminrios e voc achar numerosas publicaes e ensinamentos cheios do que no nada menos que puro engodo diablico. Para mais informaes a respeito deste assunto e como se aplica fascinao de hoje com os anjos, veja o estudo, "Anjos, Espritos Ministradores de Deus" em nossa pgina na Internet na seo de teologia.

A Vigilncia dos Anjos

O Fato da Vigilncia deles

Significativamente, vrias passagens falam dos anjos como observadores. Alguns esto surpresos com esta verdade, mas a Bblia nos ensina que anjos so espectadores das atividades de Deus no mundo e que eles so especialmente cuidadosos em observar o desdobramento do Seu plano de redeno. Desde que vrias passagens de fato, se dirijam especificamente aos anjos como espectadores do que Deus faz, ns seramos descuidados ao ignorar esta verdade bblica e certamente h uma razo e uma lio a ser aprendida nisto (J 38:7; Lucas 15:10; 1 Cor. 4:9; 11:10; Efsios 3:10; 1 Tim. 3:16; 1 Pedro 1:12).

Os Objetos da Vigilncia deles

Como visto anteriormente, eles observaram a criao de Deus e se alegraram (Salmos 38:7). Ao ver o nascimento de Cristo, os anjos se rejubilaram em louvor a Deus (Lucas 2:13-14) e eles testemunharam a totalidade da vida de Jesus na terra (1 Tim. 3:16). Eles tambm observam a alegria de Deus quando um pecador se arrepende (Lucas 15:10).37 Os anjos esto sutilmente interessados na salvao do homem em Cristo e atentam cuidadosamente para a sabedoria multiforme de Deus no desdobramento do Seu plano remidor (1 Pedro 1:12; Efsios 3:10). Na declarao, "coisas nas quais os anjos desejam atentar", "coisas" so aquelas coisas que pertencem nossa salvao (vs. 10), e "desejam observar" a mesma palavra usada para as aes de Joo e Pedro e Maria quando eles se inclinaram para observar atentamente a tumba vazia (Lucas 24:12; Joo 20:5, 11). O verbo inclinar-se (parakuptw), agachar-se, carrega a idia de se agachar para ver algo mais claramente ou olhar atentamente (tambm veja Tiago 1:24).

As razes para a Vigilncia dos anjos

Os dois reinos e o conflito angelical

Uma pergunta que naturalmente surge por que anjos so to profundamente interessados e atentos ao que est acontecendo na terra? Primeiro, como criaturas santas eles esto preocupados com a adorao e a glria de Deus que Seu direito como o Criador Santo e infinito. Isto claramente evidente em Isaas 6:3 onde, em coro antifnico, os serafins cantam a Santidade de Deus, "Santo, Santo, Santo, o SENHOR dos exrcitos, A terra inteira est cheia da Sua glria". Joo declara que no trabalho deles de adorao a Deus os seres viventes nunca cessam de declarar: "Santo, Santo, Santo o Deus Todo Poderoso que era, que e ser" (NIV). A adorao deles da glria de Deus fica altamente destacada e especfica em Apocalipse. Em Apocalipse 4:8-11, o contnuo louvor deles evoca o louvor dos vinte quatro ancies que destacam o merecimento de Deus como o Criador Soberano. Ento no captulo 5:8-14, os anjos, acompanhados pelos vinte e quatro ancies (os representantes da igreja), dirigem seu louvor para a obra graciosa de Deus da salvao atravs do Cordeiro que Digno de abrir os sete selos. S Ele achado digno de abrir o livro dos sete selos e romper seus selos (cf. Apoc. 5:1 com 5:9f).

Embora no nos seja dito qual o contedo exato do livro dos sete selos, ou o que est escrito dentro e na parte de trs, indubitavelmente contm a histria da perda do homem do seu domnio sobre a terra (Gen. 1:26) para Satans, o usurpador, e sua recuperao pelo Salvador Homem-Deus, o Leo que tambm o Cordeiro. Somente Este Cordeiro pode realizar o que ningum mais no universo est qualificado e capaz de fazer. As trs verdades a seguir, formam um importante elemento da revelao de Deus:

(1) O propsito de Deus Declarado: Esta era a inteno de Deus que o homem dominasse a Terra sob a autoridade de Deus (Gen. 1:26; Salmos 8:4-6; Heb. 2:5-8a).

(2) O propsito de Deus Retardado: Devido queda, como registrado em Gnesis 3, Satans arrancou o domnio do homem (cf. Heb. 2:5 e 2:8b). A inteno de Deus era que o homem dominasse a Terra e no os anjos e muito menos anjos cados.

(3) O propsito de Deus Completado: Mas como prometido em Gnesis 3:15, o Cordeiro quebra o domnio de Satans atravs da Sua encarnao, vida sem pecado, morte, ressurreio e ascenso (veja Heb. 2:9-14) e um dia recuperar aquele que se perdeu, atravs do julgamento dos sete selos como descrito em Apocalipse 6-19.

Uma das caractersticas fundamentais do Apocalipse diz respeito a dois reinos: o reino do mundo (o reino de Satans) e o reino de Deus. As palavras "rei, reis, reino", etc., ocorre trinta vezes em vinte cinco versculos neste livro. Devido luta entre os dois reinos, ergue-se uma alegre celebrao de vozes no cu ao soar da stima trombeta em antecipao do que a stima trombeta realizaria.38 Isto seguramente inclui os santos anjos:

E o stimo anjo soou; e ergueram-se altas vozes no cu, dizendo, "O reino do mundo se tornou o reino do nosso Senhor, e do Seu Cristo; e Ele reinar para sempre e sempre". (Apocalipse 11:15).

O assunto da rebelio de Satans contra a autoridade de Deus pode explicar bem a declarao de Paulo em I Corntios 11:10 que a mulher deve ter um smbolo de autoridade na cabea dela por causa dos anjos. Isto sugere que os anjos observam o que submisso autoridade. Submisso glorifica Deus enquanto rebelio desonra Deus e promove os objetivos de Satans. A raiz do profundo interesse dos anjos no que Deus est fazendo hoje a rebelio e queda de Satans. Como observadores, todos os anjos estavam presentes quando Satans, na sua busca em ser igual ao Todo Poderoso, tentou usurpar o domnio soberano de Deus (veja Isa. 14:12-15). Isto era uma ofensa glria de Deus. Isto aparece em Apocalipse 12:3-4 onde um tero das hostes angelicais escolheu seguir Satans. Por causa do pecado de Satans, ele foi expulso do seu alto posto e se tornou o grande adversrio de Deus e do povo de Deus (veja Ezequiel 28:11-19).39 Alm disso, Deus nos fala tambm explicitamente que o lago de fogo estava preparado para Satans e seus anjos (Mat. 25:41). Entretanto, como um inimigo derrotado (cf. Col. 2:15), Satans no est confinado l agora, mas ele e seus anjos cados estaro e este um grande ponto de antecipao na Bblia (cf. Rom. 16:20; Apoc. 20:10).

A Caracterizao de Satans como o Caluniador

Uma compreenso de um dos nomes de Satans til aqui e est carregado de implicaes. O termo, diabo, como to freqüentemente usado para Satans, significa, "caluniador, difamador, o que acusa falsamente"40. Este nome o revela em uma das suas principais caracterizaes na Bblia. Como "o caluniador", ele o que difama o carter de Deus e uma das maneiras com que ele busca fazer isto acusando os crentes (Apoc. 12:10). O livro de J nos d uma boa ilustrao das suas acusaes difamando os crentes e como, ao mesmo tempo, ele busca difamar o carter de Deus. Quando voc l os dois primeiros captulos de J, o verdadeiro propsito das acusaes de Satans fica evidente rapidamente. O argumento de Satans era que J somente adorava a Deus por causa de tudo o que Deus tinha dado a ele; e que J no amava a Deus pelo que Ele era ou porque Deus era merecedor de ser adorado como o Criador Santo e Soberano. Apenas tire tudo aquilo que ele tem e ele o amaldioar, esta era a essncia da acusao de Satans (cf. J 1:6-11; 2:1-6).

A Caracterizao de Satans por Deus

Da caracterizao Bblica de Satans como "adversrio" (1 Pedro 5:8) 41 e "diabo",42 e das suas atividades vistas na Bblia, parece lgico que Satans pode ter afirmado que Deus era desamoroso e que o Seu julgamento de Satans e os seus anjos para o lago de fogo era desonesto e injusto. Logo aps a criao de Ado e Eva, o ataque do diabo ao carter de Deus como sendo injusto fica imediatamente evidente na natureza difamadora das suas perguntas e declaraes a Eva na tentao (Gen. 3:1-5). Logo, hoje em um mundo que mente sob sua decepo (veja Joo 12:31; 16:11; Efsios 2:2; 2 Cor. 4:3-4), h um sentimento comum que ecoa entre muitos que, rejeitando a Palavra de Deus, podem dizer, "O Deus da Bblia vingativo. Como um Deus amoroso poderia enviar as pessoas para o inferno? Eu me recuso a acreditar em um Deus assim."

Uma Razo para o Homem

Parte da razo para a criao do homem e para o plano de Deus de salvao em Cristo demonstrar a verdade do carter de Deus como sbio, santo, justo, amoroso, corts, misericordioso, e bom. Em Sua santidade e justia, Deus no teve nenhuma outra escolha seno julgar Satans e os seus anjos para o lago de fogo. O mesmo verdade para com o homem pecador. Mas Deus tambm misericordioso, cheio de graa e amoroso assim, Ele proveu uma soluo pela cruz de forma que homem poderia ter vida eterna. Este gracioso plano de amor no s foi predito no Antigo Testamento, mas na verdade, tambm foi anunciado primeiro serpente (o diabo em disfarce) em Gnesis 3:16 que muito importante devido ao conflito angelical e s acusaes difamadoras de Satans. A redeno do homem e a recuperao do paraso perdido, sempre estiveram baseados no que Deus faria pela semente da mulher, o Messias Salvador que morreria como um substituto do homem, mas tambm derrotaria Satans e, implicitamente, demonstraria que a acusao de Satans falsa (cf. Isa. 53; Rom. 3:21-26; Col. 2:10-15; Heb. 2:14-16).

As Escrituras mostram que os anjos aprendem muito sobre Deus a partir das Suas atividades atravs da pessoa e do trabalho de Cristo e atravs da igreja, especialmente no desdobramento do plano de Deus de redeno. Relativo aos sofrimentos de Cristo, as glrias que seguiro, e as coisas anunciadas aos crentes por aqueles que pregaram o evangelho pelo Esprito Santo, Pedro declara, "coisas nas quais os anjos atentam para olhar" (veja 1 Pedro 1:11-12). Ento, ao longo de uma linha semelhante, Paulo escreveu,

Para mim, o menor de todos os santos, esta graa foi dada, pregar aos Gentios as riquezas insondveis de Cristo, e trazer luz a ministrao do mistrio que desde os sculos foi oculto em Deus que criou todas as coisas; para que atravs da igreja, a multiforme sabedoria de Deus possa agora se fazer conhecida pelos principados e potestades nos lugares celestiais. Isto estava de acordo com o propsito eterno que Ele cumpriu em Cristo Jesus nosso Senhor. (Efsios 3:8-11)

Por conseguinte, a igreja se torna um meio para revelar a multiforme sabedoria e graa de Deus aos anjos, Paulo escreveu aos Efsios 2:4-7:

Mas Deus, sendo rico em misericrdia, e por causa do Seu grande amor com que Ele nos amou, at mesmo quando ns estvamos mortos em nossas transgresses, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graa sois salvos), e nos ressuscitou com Ele, e nos assentou com Ele nos lugares celestiais, em Cristo Jesus, para que nos sculos vindouros Ele pudesse mostrar as insuperveis riquezas da Sua graa e bondade para conosco em Cristo Jesus.

Chafer cita Otto Von Gerlach que escreveu:

Pela revelao dEle mesmo em Cristo, pela instituio da Igreja Crist na terra, Deus, se glorifique a si mesmo de uma maneira at agora desconhecida diante dos principados divinos. Eles que at agora, cheios de temor, haviam estado louvando a Deus pelas maravilhas da Criao, vem agora Sua sabedoria glorificada sob uma nova forma na comunho Crist atravs das mltiplas maneiras pelas quais os homens perdidos so salvos. Inteiramente nova e inesgotvel riqueza da sabedoria divina na redeno. 43

AVitria Antecipada

Apocalipse 4-5 adianta a perspectiva do cu na preparao para os julgamentos que se seguiro na terra como descrito nos captulos 6-19. So estes julgamentos que derrotam a Satans e seu sistema mundial e estabelece o Filho de Deus em Seu trono na terra. Nestes dois captulos, porm, h uma forte nfase na santidade de Deus, Seu merecimento em receber glria e honra, e no merecimento do Cordeiro, o Senhor Jesus de abrir os selos, reinar e receber glria e honra. E quem tambm so evidenciados nestes dois captulos? Os anjos!

Diante deste cenrio, ns podemos ver por que os santos anjos de Deus se interessam sutilmente pela nossa salvao porque nela eles observam a multiforme sabedoria, amor, graa e santidade de Deus (Efsios 3:10; 1 Pedro 1:12). Isto se torna mais um ponto de discusso quando a pessoa considerar a rebelio e acusaes de Satans levando em conta a condescendncia de Cristo cuja vida inteira eles testemunharam (1 Tim. 3:16). Testemunhar a submisso e condescendncia do Deus encarnado, at mesmo na morte da cruz, era uma declarao impressionante do carter de Deus como santo e imutvel.

Que condescendncia maravilhosa! Obedecendo a Sua prpria lei como se Ele fosse uma mera criatura, na atitude de um servo! Isto era novo. Eles o tinham visto como o Governador do Universo; mas nunca at agora como um sdito! Entrando em combate com Satans e prolongada tentao! Isto era realmente novo.44

Pense nisto! Eles tinham visto Satans ser expulso de sua exaltada posio para ser sentenciado ao lago de fogo por causa do seu orgulho e rebelio, mas na encarnao de Cristo e vida submissa at a cruz eles tinham o exemplo definitivo da Santidade, Amor e Graa de Deus, e a justa sentena de Satans.

Mas e a respeito dos anjos cados? Evidentemente, houve um tempo de graa e provao dos anjos antes da queda de Satans, contudo eles agora permaneciam confirmados em seu estado de queda exatamente como aqueles que morrem permanecero em seu estado de queda diante do Julgamento do Grande Trono Branco e eterna separao de Deus.


30 Ryrie, p. 131.

31 Tiago Oliver Bushwell Jr., A Systematic Theology of the Christian Religion, Vol. 1, Zondervan, Grand Rapids, 1962, p. 133.

32 O estudo cobrindo o ministrio dos anjos em seus vrios relacionamentos adaptado da obra de Ryries, Basic Theology, pp. 131-132.

33 Ryie, p. 131.

34 Ryrie, p. 133.

35 Charles Caldwell Ryrie, Ryrie Study Bible, Expanded Edition, Moody Press, Chicago, 1995, p. 1964.

36 The Bible Knowledge Commentary, OT, Joo F. Walvoord, Roy B. Zuck, Editors, Victor Books, 1983, 1985, mdia eletrnica.

37 O ponto principal do verso 10 a grande alegria no cu (conf. verso 7) quando o pecador se arrepende. Algum poderia dizer que o texto no diz que os anjos se alegram, apenas que h alegria em sua presena. Eles observam a alegria de Deus, mas com certeza, os anjos que so dedicados, tambm se alegram como ns os vemos louvando a Deus em Lucas 2 no nascimento de Cristo.

38 As sete trombetas procediam dos setes selos e seguindo imediatamente esta trombeta final, esto os sete vasos dos julgamentos que resultam na volta de Cristo Terra, a derrota do reino de Satans e o estabelecimento do domnio de Cristo sobre a Terra.

39 Esta parte, com suas referncias sobrehumanas aparentemente descreve algum que humanamente o rei de Tiro, chamado Satans. Logo, os nicos previlgios de Satans antes de sua queda so descritos nos versculos 12-15 e seu julgamento nos versculos 16-19. Tu tens o selo da perfeio (v. 12). Satans era a consumao da perfeio em sua sabedoria e beleza original. (Charles Caldwell Ryrie, Ryrie Study Bible, Expanded Edition, Moody Press, Chicago, 1995, p. 1306).

40 Grego, diabolos, um acusador, um caluniador, de diabollw, acusar, maligno.

41 Adversrio, o grego antidikos, era usado como um adversrio em ao judicial, um oponente judicial.

42 Para maiores detalhes a respeito de Satans, sua origem, ttulos, etc., veja a doutrina de Satanologia em nossa pgina na Internet.

43 Chafer, p. 25.

44 Chafer, p. 22, cita o Dr. William Cooke, Christian Theology, pp. 622-23.

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