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18. A Glória De Deus

Introdução

Um dos eventos mais triste do Velho Testamento está associado com o nome Icabode. Icabode nasceu quando sua mãe ouviu que seu marido e sogro morreram, o que lhe causou dar a luz de imediato e morrer em seguida.Este triste evento ocorreu por causa da tragédia que aconteceu em Israel, resultando indiretamente na morte de Eli quando ele foi informado da derrota dos Israelitas pelos Filisteus, a captura da arca da aliança e a morte dos seus dois filhos, Hofni e Finéias:

19 - E, estando sua nora, a mulher de Finéias, grávida, e próxima ao parto, e ouvindo estas notícias, de que a arca de Deus era tomada, e de que seu sogro e seu marido morreram, encurvou-se e deu à luz; porquanto as dores lhe sobrevieram. 20 - E, ao tempo em que ia morrendo, disseram as mulheres que estavam com ela: Não temas, pois deste à luz um filho. Ela, porém não respondeu, nem fez caso disso. 21 - E chamou ao menino Icabode, dizendo: De Israel se foi a glória! Porque a arca de Deus foi tomada, e por causa de seu sogro e de seu marido. 22 - E disse: De Israel a glória é levada presa; pois é tomada a arca de Deus. (I Samuel 4:19-22)

A trágica ironia deste evento foi que os Israelitas eram grandemente encorajados pela presença da arca, porém os Filisteus eram aterrorizados por ela:

2 - E os filisteus se dispuseram em ordem de batalha, para sair contra Israel; e, estendendo-se a peleja, Israel foi ferido diante dos filisteus, porque feriram na batalha, no campo, uns quatro mil homens. 3 - E voltando o povo ao arraial, disseram os anciãos de Israel: Por que nos feriu o SENHOR hoje diante dos filisteus? Tragamos de Siló a arca da aliança do SENHOR, e venha no meio de nós, para que nos livre da mão de nossos inimigos. 4 - Enviou, pois, o povo a Siló, e trouxeram de lá a arca da aliança do SENHOR dos Exércitos, que habita entre os querubins; e os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, estavam ali com a arca da aliança de Deus. 5 - E sucedeu que, vindo a arca da aliança do SENHOR ao arraial, todo o Israel gritou com grande júbilo, até que a terra estremeceu. 6 - E os filisteus, ouvindo a voz de júbilo, disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a arca do SENHOR era vinda ao arraial. 7 - Por isso os filisteus se atemorizaram, porque diziam: Deus veio ao arraial. E diziam mais: Ai de nós! Tal nunca jamais sucedeu antes. 8 - Ai de nós! Quem nos livrará da mão desses grandiosos deuses? Estes são os deuses que feriram aos egípcios com todas as pragas junto ao deserto. 9 - Esforçai-vos, e sede homens, ó filisteus, para que porventura não venhais a servir aos hebreus, como eles serviram a vós; sede, pois, homens, e pelejai. 10 - Então pelejaram os filisteus, e Israel foi ferido, fugindo cada um para a sua tenda; e foi tão grande o estrago, que caíram de Israel trinta mil homens de pé. 11 - E foi tomada a arca de Deus: e os dois filhos de Eli, Hofni e Finéias, morreram. (I Samuel 4:2-11)

Antes na história de Israel, Sansão perdeu o seu poder dado por Deus, o que ele nem mesmo notou no começo:

18 - Vendo, pois, Dalila que já lhe descobrira todo o seu coração, mandou chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: Subi esta vez, porque agora me descobriu ele todo o seu coração. E os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela, trazendo com eles o dinheiro. 19 - Então ela o fez dormir sobre os seus joelhos, e chamou a um homem, e rapou-lhe as sete tranças do cabelo de sua cabeça; e começou a afligi-lo, e retirou-se dele a sua força. 20 - E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou ele do seu sono, e disse: Sairei ainda esta vez como dantes, e me sacudirei. Porque ele não sabia que já o SENHOR se tinha retirado dele. 21 - Então os filisteus pegaram nele, e arrancaram-lhe os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no com duas cadeias de bronze, e girava ele um moinho no cárcere.

Achamos a mesma coisa descrita no Novo Testamento, quando os homens tiveram uma falsa confiança da presença e poder de Deus entre eles quando isto simplesmente não era verdade:

2 - Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, 3 - Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, 4 - Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 5 - Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. (II Timóteo 3:2-5)

1 - E AO anjo da igreja que está em Sardes escreve: Isto diz o que tem os sete espíritos de Deus, e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. 2 - Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. 3 - Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei. (Apocalipse 3:1-3).

14 - E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: 15 - Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! 16 - Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. 17 - Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; 18 - Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. 19 - Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. (Apocalipse 3:14-19).

Existem aqueles que creem que a Gloria de Deus deixou a igreja de nosso Senhor já há longo tempo na nossa nação, e nós, como os homens do passado, dificilmente parecemos notar isto. A.W. Tozer é um daqueles que viram o declínio da Cristandade Americana e falou a respeito disto, escrevendo:

A mensagem deste livro não surgiu destes tempos, porém ela é apropriada para eles. Ela é chamada à frente pela condição que tem existido na Igreja por alguns anos e que está piorando constantemente. Refiro-me à perda do conceito de majestade da mente religiosa popular. A Igreja tem deixado o seu uma vez elevado conceito de Deus e o tem substituído por um tão baixo, tão ignóbil, como ser absolutamente indigno de pensar, adorando os homens. Isto ela fez não deliberadamente, porém pouco a pouco e sem seu conhecimento; e sua total desatenção somente faz sua situação ainda mais trágica.

A escassa visão de Deus mantida quase universalmente entre os Cristãos é a causa de centenas de maldades em toda parte entre nós. Toda uma nova filosofia de vida Cristã tem resultado deste erro básico em nosso pensamento religioso.

Com nossa perda de sentido de majestade veio a perda posterior do respeito e da consciência da divina Presença. Perdemos nosso espírito de adoração e nossa habilidade de recolhimento interior para encontrar Deus em adoração silenciosa. A Cristandade Moderna não está produzindo simplesmente a espécie de Cristão que pode apreciar ou experimentar a vida no Espírito. As palavras “Aquiete-se, e saiba que eu sou Deus”, significa próximo de nada para o autoconfiante, movimentado adorador nesta metade do século vinte.

A perda do conceito de majestade chegou justamente quando as forças da religião estão tendo ganhos dramáticos e as igrejas estão mais prósperas do que em qualquer tempo dentro de várias centenas de anos. Porém a coisa alarmante é que nossos ganhos são mais externos e nossas perdas totalmente internas; e desde que é a qualidade da nossa religião que é afetada pelas condições internas, pode ser que nossos supostos ganhos são porém perdas espalhadas sobre um campo vasto.

A única maneira de recuperar nossas perdas espirituais é voltar para a causa delas e fazer as correções como a verdade garante. O declínio do conhecimento do santo trouxe nossos problemas. A redescoberta da majestade de Deus irá um longo caminho para saná-los.É impossível manter nossas sólidas práticas morais e nossas atitudes guardadas certas enquanto nossa ideia de Deus é errônea ou inadequada. Se formos trazer de volta poder espiritual para nossas vidas, devemos começar a pensar em Deus mais próximo do que Ele está.1

J.I. Packer concorda como ele escreve na introdução do seu livro clássico, Conhecendo Deus,

Noventa anos atrás C.H.Spurgeon descreveu as hesitações que então viu entre os Batistas nas Escrituras, sobre a expiação e destino humano e pôde ele ‘pesquisar’ o pensamento Protestante sobre Deus no tempo presente, como imagino era de ‘se esperar’!2

Tozer tem alguns comentários úteis sobre o que podemos fazer para trazer de volta a Gloria abalada: Vejamos:

O que nós simples Cristãos podemos fazer para trazer de volta a glória? Existe algum segredo que possamos aprender? Existe uma fórmula para reavivamento pessoal que podemos aplicar à situação presente, para nossa própria situação?A resposta para estas perguntas é sim.

Entretanto a resposta pode facilmente desapontar algumas pessoas, pois ela é algo simples. Não trago criptograma esotérico, nem código místico para ser dolorosamente decifrado. Não apelo para nenhuma lei escondida do inconsciente, nenhum conhecimento oculto revelado somente para alguns. O segredo é um aberto o qual o homem caminhando pode ler. É simplesmente o velho sempre novo conselho: Reconcilia-te com Deus. Para retomar o seu poder perdido a Igreja deve ver o céu aberto e ter uma visão transformadora de Deus.

Porém o Deus que devemos ver não é o Deus utilitário que está tendo tal popularidade hoje, cuja principal alegação para a atenção dos homens é Sua habilidade de trazer para eles sucesso em suas várias atividades e quem por esta razão está sendo adulado e lisonjeado por qualquer um que queira um favor.O Deus que devemos aprender a conhecer é a Majestade nos céus, Deus Pai Todo Poderoso Criador do céu e da terra, o único Deus sábio e Salvador. É Ele que se assenta sobre o círculo da terra, que alarga os céus como uma cortina e a espalha como uma tenda para habitar nela, que traz Suas hostes estreladas pelo número e as chamam todas pelo nome através da grandeza do Seu poder, que vê os trabalhos do homem como vaidade, que não confia em príncipes e não pede conselhos aos reis.3

Ao concluir esta série, tentarei achar uma marca que servirá como uma soma bíblica dos atributos de Deus.4 Iremos considerar a relevância e importância deste assunto para os homens e mulheres hoje.

Soma dos Atributos de Deus

Uma expressão bíblica que pode abranger todos os atributos de Deus é encontrada na descrição do encontro de Moisés com Deus em Êxodo 33 e 34.

17 - Então disse o SENHOR a Moisés: Farei também isto, que tens dito; porquanto achaste graça aos meus olhos, e te conheço por nome. 18 - Então ele disse: Rogo-te que me mostres a tua glória. 19 - Porém ele disse: Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e proclamarei o nome do SENHOR diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem eu me compadecer. (Êxodo 33:17-19).

5 - E o SENHOR desceu numa nuvem e se pôs ali junto a ele; e ele proclamou o nome do SENHOR. 6 - Passando, pois, o SENHOR perante ele, clamou: O SENHOR, o SENHOR Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; 7 - Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração. (Êxodo 34:5-7).

Moisés pediu a Deus que Ele lhe mostrasse a Sua glória (33:18). Após deixar bem claro que Ele não revelaria toda a Sua glória para Moisés, e que Ele é soberano em outorgar Sua graça salvadora para os homens, Deus Se manifesta para Moisés. Não existe absolutamente nenhuma descrição como alguma coisa parecia para Moisés, achamos aqui somente as palavras registradas de Deus para Moisés, palavras que declaravam Seus atributos. Os atributos de Deus são a manifestação da “glória de Deus”.

Uma ligação similar dos atributos de Deus e a glória de Deus é achada no primeiro capítulo da carta de Paulo aos Romanos:

18 - Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. 19 - Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. 20 - Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; 21 - Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. 22 - Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. 23 - E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. (Romanos 1:18-23).

Deus se revelou na natureza. Na natureza os atributos invisíveis de Deus são mostrados (especificamente, o poder eterno de Deus e natureza divina, versículo 20). Os homens trocaram a “glória do Deus incorruptível” pela imagem dos homens corruptíveis e outras criaturas terrenas (versículo 23). Os atributos de Deus são a glória de Deus, e os homens portanto devem glorificar a Deus em resposta à revelação de tais atributos.5 Os homens pecadores não glorificam a Deus, e consequentemente demonstram eles mesmos serem pecadores culpados, sob a condenação divina. Gostaria de enfatizar que os atributos de Deus e a glória de Deus são associados muito próximos, tanto que podemos dizer que a glória de Deus é a soma total de quem Deus é, e quem Deus é, é definido pelos Seus atributos.

A Relevância da Glória de Deus (Atributos) para os Homens

Mesmo em círculos Cristãos, o estudo dos atributos de Deus é olhado como uma espécie de coisa que os teólogos fazem com pouca ou nenhuma relevância para as pessoas no dia a dia das suas vidas. Que erro! Nada é mais relevante para os Cristãos do que a glória de Deus. Devemos considerar primeiro a glória de Deus no Nosso Senhor Jesus Cristo. Depois, voltaremos para a glória de Deus e o descrente. Finalmente, abordaremos a glória de Deus e o Cristão.

A Glória de Deus em Jesus Cristo

A glória de Deus é para aparecer na pessoa de nosso Senhor Jesus Cristo. O profeta Isaías anteviu isto e falou:

37 - E, ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam nele; 38 - Para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: SENHOR, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? 39 - Por isso não podiam crer, então Isaías disse outra vez: 40 - Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, E se convertam, E eu os cure. 41 - Isaías disse isto quando viu a sua glória e falou dele. (João 12:37-41).6

No nascimento de nosso Senhor Jesus, achamos referências para a glória de Deus:

14 - Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens. (Lucas 2:14)

32 - Luz para iluminar as nações, E para glória de teu povo Israel. (Lucas 2:32.

Ambos João e o autor de Hebreus enfatizam que Jesus é a manifestação da glória de Deus:

14 - E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade. (João 1:14)

3 - O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas; (Hebreus 1:3)

Quando Jesus realizou o Seu primeiro milagre tornando a água em vinho, João viu isto como uma manifestação da glória de Deus e nosso Senhor Jesus Cristo:

11 - Jesus principiou assim os seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. (João 2:11)

Porque ficaríamos surpresos ao achar que a tentação de nosso Senhor envolveu uma oferta de Satanás de uma “gloria” inferior?

8 - Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo, e a glória deles. 9 - E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares. (Mateus 4:8-9).

Os discípulos tinham uma percepção distorcida da glória de Deus, e eles queriam ser uma parte dela (veja Marcos 10:37). Somente depois eles entenderiam a glória de Deus e o fato que devemos sofrer com Ele a fim de entrar na Sua glória.

Houve alguns poucos eventos na vida de Cristo que deu aos homens um relance da total glória de nosso Senhor. O primeiro ocorreu diante da multidão:

27 - Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isto vim a esta hora. 28 - Pai, glorifica o teu nome. Então veio uma voz do céu que dizia: Já o tenho glorificado, e outra vez o glorificarei. 29 - Ora, a multidão que ali estava, e que a ouvira, dizia que havia sido um trovão. Outros diziam: Um anjo lhe falou. (João 12:27-29).

O outro evento foi a transfiguração de nosso Senhor testemunhada somente por Pedro, Tiago e João:

29 - E, estando ele orando, transfigurou-se a aparência do seu rosto, e a sua roupa ficou branca e mui resplandecente. 30 - E eis que estavam falando com ele dois homens, que eram Moisés e Elias, 31 - Os quais apareceram com glória, e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém. 32 - E Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando despertaram, viram a sua glória e aqueles dois homens que estavam com ele. (Lucas 9:29-32).

Em sua oração sacerdotal registrada em João 17, Jesus ora para que o Pai o glorifique (17:5), indica que Ele deu aos Seus seguidores a glória a qual o Pai deu para Ele (versículo 22) e pede para que eles possam estar com Ele a fim de contemplar Sua glória (versículo 24). Quando Jesus foi levantado da morte, o foi pela (não somente para) a glória de Deus:

4 - De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida. (Romanos 6:4).

O Seu retorno para a terra, para derrotar Seus inimigos e estabelecer Seu reino, será em glória (ver Mateus 16:27; 24:30; 25:31).

A Glória de Deus e o Incrédulo

O problema do incrédulo é o pecado e suas consequências. A glória de Deus é o padrão pelo qual o pecado é definido, e porque todos os homens carecem da glória de Deus, eles também estão debaixo da sentença de condenação.

23 - Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; (Romanos 3:23).

23 - Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. (Romanos 6:23).

Embora a criação revele a glória de Deus (Salmo 19:1-6; Romanos 1:19-20), homens incrédulos rejeitaram este conhecimento, escolhendo trocar a glória de Deus pela falsa glória das coisas criadas, inclusive o próprio homem (Romanos 1:21-23). Como resultado, o homem está debaixo da divina condenação7 e goza da glória em coisas as quais são realmente vergonha para o homem (Romanos 1:24-27; Filipenses 3:19)

Para serem salvos, os homens devem reconhecer seus pecados, a justiça de Jesus Cristo, e a sentença de morte a qual os espera (veja João 16:8-12). Eles devem confiar em Jesus Cristo como provisão de Deus para os pecadores. Ele, o Filho de Deus sem pecado, morreu no lugar dos pecadores, levando a penalidade pelos nossos pecados. Sua justiça está disponível para todos que creem Nele para salvação (João 1:12; 3:16; Romanos 3:21-26; 10:9-11).Porém Satanás cegou os corações e as mentes dos incrédulos assim eles não podem ver a glória de Deus em Cristo através do evangelho (II Coríntios 4:4) Em última análise, somente o Espírito de Deus pode abrir os olhos dos cegos para verem a luz do evangelho glorioso e vir à fé (veja Lucas 4:18-19; João 6:65; 8:43-47; Atos 26:18; II Coríntios 4:6; Efésios 1:18).

Nos dias da Grande Tribulação, os homens experimentarão a ira de Deus e será dada outra oportunidade para darem glória a Deus e evitar o julgamento, porém eles recusarão (Apocalipse 14:6-7; 16:9) Todos os homens irão finalmente reconhecer que Jesus é Senhor, para a glória de Deus (Filipenses 2:11), porém não como crentes adoradores. No final, eles passarão a eternidade separados da glória de Deus (II Tessalonicenses 1:9).

A Glória de Deus e o Cristão

A igreja desempenha um papel vital em trazer glória a Deus:

21 - A esse glória na igreja, por Jesus Cristo, em todas as gerações, para todo o sempre. Amém. (Efésios 3:21)

24 - De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos. 25 - Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, 26 - Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra, 27 - Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. 28 - Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo. 29 - Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja; (Efésios 5:24-29).

Quando Deus estabeleceu a salvação individual dos crentes, Ele o fez para Sua própria glória:

22 - E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição; 23 - Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou, 24 - Os quais somos nós, a quem também chamou, não só dentre os judeus, mas também dentre os gentios? (Romanos 9:22-24).

3 - Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; 4 - Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; 5 - E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade, 6 - Para louvor e glória da sua graça, pela qual nos fez agradáveis a si no Amado, (Efésios 1:3-6; veja também 12, 14).

5 - Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. 6 - Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. 7 - Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus. 8 - Digo, pois, que Jesus Cristo foi ministro da circuncisão, por causa da verdade de Deus, para que confirmasse as promessas feitas aos pais; (Romanos 15:5-8).

Os Cristãos entendem que seu privilégio e chamado é para trazer glória para Deus. O homem não é o centro do universo espiritual, e Deus não é nosso servo, à nossa disposição e chamado para nos fazer sentir bem e nos livrar da dor. Deus é o centro do universo, e Ele faz todas as coisas trabalharem junto para nosso bem e para Sua glória (Romanos 8:28). “Todas as coisas” incluem perseguição e sofrimentos e dificuldades.8 Os Cristãos veem que Deus faz boas coisas virem do nosso sofrimento e provações:

10 - Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; 11 - Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. 12 - Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. (Mateus 5:10-12).

18 - Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. 19 - Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. 20 - Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu SENHOR. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. 21 - Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou. (João 15:18-21).

3 - E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, 4 - E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. 5 - E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. (Romanos 5:3-5).

18 - Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada. 19 - Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus. 20 - Porque a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua vontade, mas por causa do que a sujeitou, 21 - Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. 22 - Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. 23 - E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. (Romanos 8:18-23).

2 - Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; 3 - Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência. (Tiago 1:2-3).

12 - Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; 13 - Mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. 14 - Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória9 e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado. (I Pedro 4:12-14).

Qualquer sofrimento e tristeza que possamos experimentar nesta vida não se igualam à glória que nos espera:

16 - Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o interior, contudo, se renova de dia em dia. 17 - Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18 - Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas. (II Coríntios 4:16-18).

A glória de Deus deve ser o objetivo para tudo o que fazemos e o padrão pelo qual determinamos o que devemos ou não fazer:

31 - Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. (I Coríntios 10:31).

Nesta passagem, Paulo está escrevendo referente ao exercício das nossas convicções individuais, pessoais como Cristãos. Ele não está falando sobre coisas que são claramente ordenadas, porém sobre coisas que são permissíveis. O padrão pelo qual determinamos se exercitamos uma liberdade particular não é se podemos, ou mesmo se queremos, porém se ela glorifica a Deus. Por isso, enquanto Paulo tinha o direito de ser financeiramente sustentado como um apóstolo, ele escolheu não o ser em inúmeras ocasiões para a promoção do evangelho e, portanto para a glória de Deus (veja I Coríntios 9:1-23).

Muitas pessoas agonizam sobre “saber a vontade de Deus”, e muitos livros tem sido escritos no assunto. Porém a resposta é intensamente simples no âmago. Deus manda ou proíbe alguma coisa? Então você sabe a vontade de Deus. É imperativo que leiamos nossas Bíblias, oremos, testemunhemos, e nos reunamos em adoração com outros crentes. É vontade de Deus que nos abstenhamos da imoralidade, e não mintamos. Porém em áreas não bem definidas, aquelas áreas onde Deus não deu uma ordem ou uma proibição, precisamos apenas fazer uma pergunta: Isto glorifica a Deus?

Quando oramos, o objetivo do nosso pedido deveria ser a glória de Deus. Não deveríamos focalizar em Deus “suprindo nossas necessidades sentidas”, porém em Deus recebendo glória. Podemos ser assegurados que as orações para a glória de Deus são muito mais facilmente ouvidas e respondidas do que orações que pedem a Deus atender nossos desejos egoístas (ver Tiago 4:3).

Finalmente, a glória de Deus é a chave para entender a ordem de Deus na igreja. Devemos reconhecer que a igreja é central para os propósitos de Deus nesta época como foi para Israel no Velho Testamento, e que será de novo (veja Romanos 11). A igreja é o corpo de Cristo. Através do Seu Espírito, Cristo habita na Sua igreja, e através do Seu “corpo”, Cristo continua a obra no mundo.Algumas instruções de Cristo para a igreja podem parecer difíceis para entender e mesmo mais difíceis para aplicar. Uma área é o ministério e conduta da mulher na igreja. Alguém pode dificilmente negar os ensinos do Novo Testamento para que as mulheres sejam submissas na igreja. Esta submissão relacionada à vestimenta das mulheres (I Timóteo 2:9-10; I Pedro 3:3-5), a proibição de ensinar ou exercer autoridade sobre os homens (I Timóteo 2:11-15), e a orientação que elas “mantivessem silêncio”, o que incluía inclusive o fazer perguntas nas reuniões da igreja (I Coríntios 14:34-36).

Minha intenção não é convencer você de que estas instruções sejam aplicadas hoje como elas eram aplicadas no primeiro século, embora este seja o fato simples do assunto. As principais objeções para as instruções dadas para as mulheres por Pedro e Paulo vêm da nossa própria natureza pecaminosa e da cultura na qual nós vivemos. Argumentos contra o simples, direto ensino do Novo Testamento no ministério e conduta da mulher na igreja são baseados no manuseio do Novo Testamento o qual é longe de convincente.10.

Seja o que for meu desejo é apontar no contexto desta mensagem que a glória de Deus é uma das chaves para entender porque estas instruções do Novo Testamento para as mulheres foram dadas.11 Interessantemente, é esta passagem problema em I Coríntios 11 que mais claramente lida com o aspecto da glória de Deus:

2 - E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei. 3 - Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. 4 - Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. 5 - Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. 6 - Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. 7 - O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. 8 - Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. 9 - Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. 10 - Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos. 11 - Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR. 12 - Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus. 13 - Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? 14 - Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido? 15 - Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. 16 - Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus. (I Coríntios 11:2-16).

Enquanto a exposição deste texto não é o meu foco, está claro que enquanto eu possa argumentar sobre certos “mosquitos” deste texto, os “camelos” devem estar claros. O princípio implícito na passagem é chefia. A palavra cabeça não poderia ser mais enfática do que nestes versículos. O que a mulher faz em relação à sua cabeça está diretamente ligado à chefia de Cristo sobre Sua igreja.Chefia envolve autoridade, porém ela envolve muito mais do que apenas autoridade. Chefia também envolve glória. Isto é o que as instruções do Novo Testamento para as mulheres querem significar. Para a esposa se vestir de tal maneira que chama a atenção para si mesma é para a mulher trazer glória para si, ao invés do que para seu esposo. Para a esposa ter uma cabeça descoberta era para abertamente demonstrar sua glória (seu cabelo é a sua glória), ao invés de trazer glória para seu esposo. Para a esposa ensinar ou exercer autoridade é tomar a posição que usurpa a glória que ela deveria procurar trazer para seu esposo. Quando tudo é dito e feito, os princípios subjacentes ao ministério e conduta das mulheres na igreja são aqueles de chefia e glória. Se uma mulher deseja glorificar a Deus pela sua conduta, ela procurará trazer glória para seu esposo ao invés de procurar glória para si mesma.

Palavras duras? Talvez, porém estou convencido que elas são ambas bíblicas e verdade. Porém não pense que este assunto da Glória de Deus somente se aplica às mulheres. Nem é a chefia de Cristo e Sua glória uma desculpa para o homem procurar uma posição de proeminência na igreja, pois proeminência tem tudo a ver com a glória, e a glória deve ser do nosso Senhor. Isto é também porque nós achamos o princípio da pluralidade ensinada nas Escrituras. Há somente uma “Cabeça” da igreja, e esta “Cabeça” é nosso Senhor Jesus Cristo (I Coríntios 11:3; Efésios 1:22-23; Colossenses 1:18). E por causa disto, nenhum homem é para procurar ser proeminente, pois a glória é para ser de nosso Senhor:

1 - ENTÃO falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos, 2 - Dizendo: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. 3 - Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem; 4 - Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los; 5 - E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes, 6 - E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas, 7 - E as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi. 8 - Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. 9 - E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. 10 - Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo. 11 - O maior dentre vós será vosso servo. 12 - E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado. (Mateus 23:1-12).

1 - Aos presbíteros, que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar: 2 - Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; 3 - Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4 - E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcançareis a incorruptível coroa da glória. (I Pedro 5:1-4).

Que maravilhosa realidade é a glória de Deus. A glória de Deus é nossa esperança. A glória de Deus é nossa ambição e motivação, nosso objetivo. A glória de Deus deve governar nossas ações, nossas orações, nossos motivos, nosso ministério. E, como Moisés, deveríamos sempre procurar ver mais da Sua glória à medida que estudamos a Sua Palavra e procurarmos contemplar a glória da Sua natureza e atributos. Que este estudo seja apenas o começo de uma vida de procurar conhecer a Deus, de ver a Sua glória, e de procurar a Sua glória. Sua glória é o nosso mais alto objetivo e o nosso mais alto bem. À Deus seja a glória!

23 - Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, 24 - Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o SENHOR, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR. (Jeremias 9:23-24).

Traduzido por Césio J. de Moura.


1 A. W. Tozer, The Knowledge of the Holy (San Francisco: Harper and Row, Publishers, 1961), pp. 6-7.

2 J. I. Packer, Knowing God (Downers Grove: InterVarsity Press, 1973), p. 7.

3 A. W. Tozer, The Knowledge of the Holy, pp. 121-122.

4 O leitor deve notar que a expressão “Os atributos de Deus” é um título teológico e não uma expressão bíblica. Deveríamos então procurar um termo bíblico ou uma expressão que se refira aos atributos de Deus.

5 Veja também João 1:14, onde a glória de Deus é explicada em termos dos dois atributos, graça e verdade.

6 O significado desta declaração de João é que a cegueira dos Judeus está explicada pela referência em Isaías 6:9-10. João nos informa que a visão de Deus de Isaías, descrita em Isaías 6:1-5, não é somente uma visão da glória de Deus o Pai, porém a visão da glória de Deus o Filho. Como Jesus disse aos Seus discípulos, “Aquele que me vê a mim vê ao Pai” (João 14:9).

7 Herodes é a mais dramática ilustração do julgamento que cai sobre aqueles que não dão a glória a Deus, porém procuram glorificar a si mesmos (veja Atos 12:20-23).

8 Por exemplo, alguém precisa apenas considerar a vida do apóstolo Paulo para ver que pessoa espiritual enfrenta adversidade e sofrimento (II Coríntios 4:7-12; 6:4-10; 11:22-29).

9 Não é de observar que o Santo Espírito, o Espírito de Deus, é chamado aqui por Pedro o Espírito de glória?

10 Aqueles que tentam rejeitar o ensino do Novo Testamento relativo às mulheres invariavelmente vão para I Coríntios 11, e lá eles fazem algumas coisas estranhas. Ao invés de basear suas conclusões nos textos claros das Escrituras, eles baseiam suas conclusões no texto mais complicado. Gosto do que B.B,Warfield disse neste ponto anos atrás. Permita-me citá-lo aqui:

Diante destas duas absolutamente simples e enfáticas passagens [I Coríntios 14:33ss. e I Timóteo 2:11ss.], o que é dito em I Cor. 11:5 não pode ser apelado em atenuação ou modificação. Precisamente qual o significado em I Cor. 11:5, ninguém quase sabe. O que é dito lá é que toda mulher que ora ou profetiza sem cobrir a cabeça desonra sua cabeça. Parece razoável inferir que se ela ora ou profetiza coberta ela não desonra sua cabeça. E parece razoável indo além inferir que ela pode apropriadamente orar e profetizar se somente ela o fizer coberta. Estamos acumulando uma série de deduções. E elas não nos levaram muito longe. Não podemos inferir que seria apropriado para ela orar e profetizar na igreja se somente ela estiver coberta. Não há nada dito sobre igreja nesta passagem ou no seu contexto. A palavra “igreja” não ocorre até o versículo 16, e então não como uma referência normativa da passagem, porém somente como suprimento suporte para a injunção da passagem. Não há razão, contudo para acreditar que “orando e profetizando” na igreja é o pretendido. Nem era um exercício confinado à igreja.  B. B. Warfield, “Women Speaking In The Church,” pp. 3-4. [Reprinted by Calvary Press, as taken from The Savior of the World.]

11 Isto não é para dizer que devemos primeiro conhecer porque Deus ordenou alguma coisa antes de obedecer, porém dizer que há razões, se nós a entendemos e aceitamo-las ou não.

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