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11. A Proximidade De Deus (Êxodo 33:1-16; 34:8-10; Deuteronômio 4:1-7)

Introdução

É interessante que um número de livros escritos sobre os atributos de Deus têm pouco se tiver algo para dizer no assunto da onipresença de Deus. A. W. Tozer comenta sobre a onipresença de Deus:

Poucas outras verdades são ensinadas nas Escrituras com tanta clareza como a da divina onipresença. Aquelas passagens atestando esta verdade são tão claras que necessitaria esforço considerável para não entendê-las. Elas declaram que Deus é onipresente em Sua criação, que não há lugar no céu ou na terra ou inferno onde os homens possam se esconder da Sua presença. Elas ensinam que Deus é ao mesmo tempo muito longe e perto, e que Nele os homens se movem e vivem e tem o seu ser.1

O que os Cristãos que creem na Bíblia desafiariam a verdade de que Deus é onipresente? E, entretanto temo que enquanto acreditamos ser esta doutrina verdadeira nas Escrituras, não sentimos ela ser verdade na vida, uma verdade que se aplica no modo que vivemos. Porém ela afeta nossas vidas diariamente! Tenho abordado o assunto da onipresença de Deus como “A Proximidade de Deus”, pois como cedo descobriremos a proximidade de Deus é uma das aspirações mais altas dos Cristãos – o maior bem. Esta verdade impacta grandemente nossas atitudes e ações. Considere então a proximidade de Deus, a constante presença de Deus em nossas vidas.

A Queda do Homem: Proximidade Perdida (Gênesis 3:6-10)

6 - E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. 7 - Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. 8 - E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. 9 - E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? 10 - E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. (Gênesis 3:6-10).

Parece que antes da queda de Adão e Eva estes dois eram privilegiados de gozar da companhia e comunhão íntima com Deus. Do versículo 8, podemos inferir que Deus diariamente andava no jardim pela viração do dia, e que Adão e Eva gozavam este tempo com Ele. Porém quando eles escolheram confiar no diabo ao invés de Deus e desobedecer à ordem de Deus, eles pecaram. Este pecado levou-os a fugirem de Deus com medo. Eles se esconderam Dele. Pecado resulta em separação de Deus:

1 - EIS que a mão do SENHOR não está encolhida, para que não possa salvar; nem agravado o seu ouvido, para não poder ouvir. 2 - Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça. (Isaías 59:1-2).

O restante da Bíblia é sobre o plano e propósito de Deus para lidar com o pecado do homem e assim poder de novo gozar a companhia de Deus em Sua presença. Em Gênesis 3:15, a primeira promessa de salvação é registrada na Bíblia:

15 - E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. (Gênesis 3:15).

O restante da Bíblia é a história de como Deus cumpre esta promessa de salvação de forma que o homem pecador possa de novo se aproximar de um Deus santo.

O Êxodo e a Proximidade de Deus2

O êxodo não foi somente um tempo quando Deus livrou os Israelitas cativos da escravidão no Egito. Foi um tempo quando Deus se colocou a parte de todos os outros “deuses” (especialmente os deuses do Egito) e quando Ele colocou a parte os Israelitas dos Egípcios (Êxodo 9:4-6; 11:7). Deus separou Seu povo de Israel dos Egípcios pelas pragas, porém mais significativamente, Ele distinguiu Israel pela Sua presença:

15 - Então lhe disse: Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui. 16 - Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso não é por andares tu conosco, de modo a sermos separados, eu e o teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra? (Êxodo 33:15-16).

7 - Pois, que nação há tão grande, que tenha deuses tão chegados como o SENHOR nosso Deus, todas as vezes que o invocamos?(Deuteronômio 4:7).

E assim foi que Deus podia estar perto do Seu povo Israel. O grande dilema era que os Israelitas eram um povo teimoso e pecador. Sua presença como Deus santo provaria ser perigosa porque Sua santidade requeria Dele lidar com o pecado:

1 - DISSE mais o SENHOR a Moisés: Vai, sobe daqui, tu e o povo que fizeste subir da terra do Egito, à terra que jurei a Abraão, a Isaque, e a Jacó, dizendo: À tua descendência a darei. 2 - E enviarei um anjo adiante de ti, e lançarei fora os cananeus, e os amorreus, e os heteus, e os perizeus, e os heveus, e os jebuseus, 3 - A uma terra que mana leite e mel; porque eu não subirei no meio de ti, porquanto és povo de dura cerviz, para que te não consuma eu no caminho. 4 - E, ouvindo o povo esta má notícia, pranteou-se e ninguém pôs sobre si os seus atavios. 5 - Porquanto o SENHOR tinha dito a Moisés: Dize aos filhos de Israel: És povo de dura cerviz; se por um momento subir no meio de ti, te consumirei; porém agora tira os teus atavios, para que eu saiba o que te hei de fazer. (Êxodo 33:1-5).

Deus prometeu ver que Israel tomasse posse da terra prometida de Canaã, porém Ele declinou de prometer que estaria presente entre o Seu povo. Este povo pecador simplesmente não poderia sobreviver na presença de um Deus santo. Moisés, contudo, não estabeleceria nada menos do que Deus morar no meio do Seu povo. Isto distinguiu Israel das outras nações.3 Note como Moisés pleiteia com Deus, recusando a promessa pessoal de Deus com ele, e pressionando pela presença de Deus entre o Seu povo, Israel:

13 - Agora, pois, se tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que me faças saber o teu caminho, e conhecer-te-ei, para que ache graça aos teus olhos; e considera que esta nação é o teu povo. 14 - Disse pois: Irá a minha presença contigo para te fazer descansar. 15 - Então lhe disse: Se tu mesmo não fores conosco, não nos faças subir daqui. 16 - Como, pois, se saberá agora que tenho achado graça aos teus olhos, eu e o teu povo? Acaso não é por andares tu conosco, de modo a sermos separados, eu e o teu povo, de todos os povos que há sobre a face da terra? (Exodo 33:13-16).

Se o problema da presença de Deus estava fixado na natureza pecadora dos Israelitas, a solução foi achada no caráter de Deus. Deus não é somente santo, Ele é também gracioso e perdoador. Eis aqui a chave que Moisés estava procurando, e Deus a reteve perante Ele como Ele manifestou Sua gloria para ele na montanha:

5 - E o SENHOR desceu numa nuvem e se pôs ali junto a ele; e ele proclamou o nome do SENHOR. 6 - Passando, pois, o SENHOR perante ele, clamou: O SENHOR, o SENHOR Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se e grande em beneficência e verdade; 7 - Que guarda a beneficência em milhares; que perdoa a iniquidade, e a transgressão e o pecado; que ao culpado não tem por inocente; que visita a iniquidade dos pais sobre os filhos e sobre os filhos dos filhos até à terceira e quarta geração. 8 - E Moisés apressou-se, e inclinou a cabeça à terra, adorou, 9 - E disse: Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, vá agora o Senhor no meio de nós; porque este é povo de dura cerviz; porém perdoa a nossa iniquidade e o nosso pecado, e toma-nos por tua herança. (Êxodo 34:5-9)

Existe somente um caminho possível para uma pessoa pecadora permanecer na presença de Deus, e este é através da graça. Deus pode permanecer no meio de um povo pecador porque Ele é um Deus que perdoa o pecado. Ainda não foi esclarecido exatamente como este perdão seria realizado, porém a aliança Mosaica deu uma ideia. (veja Colossenses 2:16-17) A Lei de Moisés definiu o que agradava e desagradava a Deus, o que era puro ou impuro (ou corrompido) para a nação. Evitar corrupção era impossível, porém a Lei também fez provisão para a transgressão da Lei pelo homem. A aliança Mosaica introduziu o Tabernáculo e o sistema sacrificial, onde Deus podia permanecer no meio de um povo pecador sendo separado pelas barreiras do Tabernáculo. Somente certos Israelitas (os sacerdotes Levíticos) podiam ficar próximos de Deus através da realização dos ritos religiosos e rituais da nação.

A presença de Deus se manifestou no santo dos santos, onde o olhar dos homens era evitado para que não morressem. E os homens foram informados que somente pelo derramamento de sangue eles poderiam se aproximar do seu Deus em adoração. Todo este sistema prenunciou a vinda do Messias, o “Cordeiro de Deus”, que suportaria os pecados do mundo e cujo sangue derramado limparia os homens dos seus pecados.

A Proximidade de Deus nos Salmos e nos Profetas

Apesar da distância que os Israelitas deviam manter do seu Deus debaixo da Lei, o povo de Deus olhava para frente para um dia futuro quando eles entrariam numa íntima comunhão com Deus. Isto foi simbolicamente representado por uma refeição, primeiro antecipa no Êxodo, e depois frequentemente referido no Salmos:

9 - E subiram Moisés e Arão, Nadabe e Abiú, e setenta dos anciãos de Israel. 10 - E viram o Deus de Israel, e debaixo de seus pés havia como que uma pavimentação de pedra de safira, que se parecia com o céu na sua claridade. 11 - Porém não estendeu a sua mão sobre os escolhidos dos filhos de Israel, mas viram a Deus, e comeram e beberam. (Êxodo 24:9-11).

5 - Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. 6 - Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do SENHOR por longos dias. (Salmo 23:5-6)

4 - Uma coisa pedi ao SENHOR, e a buscarei: que possa morar na casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a formosura do SENHOR, e inquirir no seu templo. (Salmo 27:4).

Seria errado concluir que gozar da presença de Deus seria apenas uma futura esperança para o santo do Velho Testamento. O Salmo 73 fala da presença de Deus no meio da aflição. Asafe, após uma considerável agonia sobre a prosperidade do ímpio e o sofrimento dos santos (ou assim ele suponha), chegou a entender que a última bênção na vida não é a prosperidade ou a ausência de dor, porém a presença de Deus, mesmo se isto se torna real para nós na pobreza ou na dor:

25 - Quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti. 26 - A minha carne e o meu coração desfalecem; mas Deus é a fortaleza do meu coração, e a minha porção para sempre. 27 - Pois eis que os que se alongam de ti, perecerão; tu tens destruído todos aqueles que se desviam de ti. 28 - Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus; pus a minha confiança no Senhor DEUS, para anunciar todas as tuas obras. (Salmo 73:25-28).

O Salmo 139 é a expressão de Davi do seu gozo na presença de Deus na sua vida. É um dos grandes salmos do saltério e um no qual achamos conforto também:

1 - SENHOR, tu me sondaste, e me conheces. 2 - Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento. 3 - Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces todos os meus caminhos. 4 - Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis que logo, ó SENHOR, tudo conheces. 5 - Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão. 6 - Tal ciência é para mim maravilhosíssima; tão alta que não a posso atingir. 7 - Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? 8 - Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também. 9 - Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, 10 - Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. 11 - Se disser: Decerto que as trevas me encobrirão; então a noite será luz à roda de mim. 12 - Nem ainda as trevas me encobrem de ti; mas a noite resplandece como o dia; as trevas e a luz são para ti a mesma coisa; 13 - Pois possuíste os meus rins; cobriste-me no ventre de minha mãe. 14 - Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem. 15 - Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui feito, e entretecido nas profundezas da terra. 16 - Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe; e no teu livro todas estas coisas foram escritas; as quais em continuação foram formadas, quando nem ainda uma delas havia. 17 - E quão preciosos me são, ó Deus, os teus pensamentos! Quão grandes são as somas deles! 18 - Se as contasse, seriam em maior número do que a areia; quando acordo ainda estou contigo. 19 - Ó Deus, tu matarás decerto o ímpio; apartai-vos portanto de mim, homens de sangue. 20 - Pois falam malvadamente contra ti; e os teus inimigos tomam o teu nome em vão. 21 - Não odeio eu, ó SENHOR, aqueles que te odeiam, e não me aflijo por causa dos que se levantam contra ti? 22 - Odeio-os com ódio perfeito; tenho-os por inimigos. 23 - Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos. 24 - E vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno.

Os profetas falaram do tempo quando Deus iria ficar próximo do Seu povo para salvá-lo dos seus pecados e para morar com ele em íntima companhia. Os profetas expuseram a hipocrisia daqueles Israelitas que fingiam estar próximos de Deus porém seus corações estavam distantes:

13 - Porque o Senhor disse: Pois que este povo se aproxima de mim, e com a sua boca, e com os seus lábios me honra, mas o seu coração se afasta para longe de mim e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, em que foi instruído; (Isaías 29:13).

Mera justiça cerimonial não era suficiente. Os homens não experimentariam a proximidade de Deus até entenderem a verdadeira religião. A verdadeira religião era possuir e praticar o caráter de Deus, viver o caráter de Deus na nossa conduta, ao invés do que repetitivamente realizar rituais ou fazer profissões sem sentido:

1 - CLAMA em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados. 2 - Todavia me procuram cada dia, tomam prazer em saber os meus caminhos, como um povo que pratica justiça, e não deixa o direito do seu Deus; perguntam-me pelos direitos da justiça, e têm prazer em se chegarem a Deus, 3 - Dizendo: Por que jejuamos nós, e tu não atentas para isso? Por que afligimos as nossas almas, e tu não o sabes? Eis que no dia em que jejuais achais o vosso próprio contentamento, e requereis todo o vosso trabalho. 4 - Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto. 5 - Seria este o jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias tu a isto jejum e dia aprazível ao SENHOR? 6 - Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? 7 - Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne? 8 - Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de ti, e a glória do SENHOR será a tua retaguarda. 9 - Então clamarás, e o SENHOR te responderá; gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de ti o jugo, o estender do dedo, e o falar iniquamente; 10 - E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio-dia. 11 - E o SENHOR te guiará continuamente, e fartará a tua alma em lugares áridos, e fortificará os teus ossos; e serás como um jardim regado, e como um manancial, cujas águas nunca faltam. 12 - E os que de ti procederem edificarão as antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar. (Isaías 58:1-12)

Os profetas advertiram que se o povo de Deus não se arrependesse, professasse e praticasse verdadeira justiça, então eles iriam ver Deus ficando perto para julgar ao invés de ficar perto para salvar:

5 - E chegar-me-ei a vós para juízo; e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que defraudam o diarista em seu salário, e a viúva, e o órfão, e que pervertem o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o SENHOR dos Exércitos. (Malaquias 3:5).

Deus está sempre perto no sentido de que Ele vê e ouve o que os homens estão fazendo, e Ele lida com os homens de acordo:

23 - Porventura sou eu Deus de perto, diz o SENHOR, e não também Deus de longe? 24 - Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o SENHOR. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o SENHOR. 25 - Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. 26 - Até quando sucederá isso no coração dos profetas que profetizam mentiras, e que só profetizam do engano do seu coração? 27 - Os quais cuidam fazer com que o meu povo se esqueça do meu nome pelos seus sonhos que cada um conta ao seu próximo, assim como seus pais se esqueceram do meu nome por causa de Baal. (Jeremias 23:23-27).

Aqueles que não “ficassem perto” de Deus pela fé seriam condenados:

2 - Não obedeceu à sua voz, não aceitou o castigo; não confiou no SENHOR; nem se aproximou do seu Deus. (Sofonias 3:2).

Àqueles que se arrependessem e confiassem na vinda do Messias de Deus foi prometido um Deus que estaria perto, vivendo no meio da Nova Jerusalém:

35 - Dezoito mil canas por medida terá ao redor; e o nome da cidade desde aquele dia será: O SENHOR ESTÁ ALI. (Ezequiel 48:35).

A Proximidade de Deus nos Evangelhos

Deus ficou perto dos homens na encarnação. Nosso Senhor ficou perto para salvar Seu povo na pessoa do Senhor Jesus Cristo. Em cumprimento da profecia de Isaías 7:14, Seu nome será Emanuel, significando “Deus conosco” (Mateus 1:23). Os escritores do Novo Testamento deixaram claro que Jesus era Deus trazido perto para salvar (Veja Mateus 1:23; João 1:1-18; I João 1:1-3; 4:12-13; Hebreus 1:1-3; 2:1-4). Havia aqueles que vinham para Jesus como o Salvador, porém aqueles que O rejeitaram como seu Messias não o queriam por perto (veja Marcos 5:17; Lucas 4:28-29).Na cruz do Calvário, as multidões gritaram, “Fora com Ele” Eles estavam preferindo mais um assassino do que o Príncipe da Vida (Lucas 23:18).

A Proximidade de Deus nas Epístolas

É o escritor aos Hebreus que fala muito da superioridade da obra de Cristo em relação aos sacrifícios do Velho Testamento. O sistema do Velho Testamento não podia remover o pecado do homem, tornando-o apto a entrar na presença de um Deus santo. É o sangue derramado de Jesus Cristo que provê o perdão de pecados e possibilita alguém entrar na presença de Deus com confiança:

16 - Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno. (Hebreus 4:16).

19 - (Pois a lei nenhuma coisa aperfeiçoou) e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus. (Hebreus 7:19).

25 - Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles. (Hebreus 7:25).

1 - PORQUE tendo a lei a sombra dos bens futuros, e não a imagem exata das coisas, nunca, pelos mesmos sacrifícios que continuamente se oferecem cada ano, pode aperfeiçoar os que a eles se chegam. (Hebreus 10:1).

19 - Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo sangue de Jesus, 20 - Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela sua carne, 21 - E tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, 22 - Cheguemo-nos com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, (Hebreus 10:19-22).

Não somente o sangue de Cristo corrige o problema do pecado do homem, permitindo os homens “ficar perto” de Deus, ele também corrige a dificuldade de relacionamento dos homens com os homens, removendo de uma vez por todas as barreiras entre aqueles que são amigos-santos:

11 - Portanto, lembrai-vos de que vós noutro tempo éreis gentios na carne, e chamados incircuncisão pelos que na carne se chamam circuncisão feita pela mão dos homens; 12 - Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. 13 - Mas agora em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, já pelo sangue de Cristo chegastes perto. 14 - Porque ele é a nossa paz, o qual de ambos os povos fez um; e, derrubando a parede de separação que estava no meio, 15 - Na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz, 16 - E pela cruz reconciliar ambos com Deus em um corpo, matando com ela as inimizades. 17 - E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto; 18 - Porque por ele ambos temos acesso ao Pai em um mesmo Espírito. 19 - Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; 20 - Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; 21 - No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. 22 - No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito. (Efésios 2:11-22).

O céu não é tanto um lugar onde os santos se entregam nas bênçãos de Deus como é o lugar onde os santos gozam da presença de Deus:

16 - Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. 17 - Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. 18 - Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras. (I Tessalonicenses 4:16-18).

2 - E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. 3 - E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. (Apocalipse 21:2-3).

3 - E ali nunca mais haverá maldição contra alguém; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão. 4 - E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome. 5 - E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os ilumina; e reinarão para todo o sempre. (Apocalipse 22:3-5)

Inferno, por outro lado, é o lugar onde os homens estarão eternamente separados da presença de Deus: 10 - Entra nas rochas, e esconde-te no pó, do terror do SENHOR e da glória da sua majestade. (Isaías 2:10).

19 - Então os homens entrarão nas cavernas das rochas, e nas covas da terra, do terror do SENHOR, e da glória da sua majestade, quando ele se levantar para assombrar a terra. 20 - Naquele dia o homem lançará às toupeiras e aos morcegos os seus ídolos de prata, e os seus ídolos de ouro, que fizeram para diante deles se prostrarem. 21 - E entrarão nas fendas das rochas, e nas cavernas das penhas, por causa do terror do SENHOR, e da glória da sua majestade, quando ele se levantar para abalar terrivelmente a terra. (Isaías 2:19-21).

9 - Os quais, por castigo, padecerão eterna perdição, ante a face do Senhor e a glória do seu poder, (II Tessalonicenses 1:9).

15 - E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; 16 - E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; 17 - Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir? (Apocalipse 6:15-17).

11 - E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. 12 - E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. 13 - E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. 14 - E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte. 15 - E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo. (Apocalipse 20:11-15).

Princípios Referentes À Onipresença

Não como um estudo exaustivo da doutrina da onipresença divina, podemos sumarizar um número de princípios ensinados nas Escrituras nesta importante e confortante doutrina.

(1) Deus é onipresente na Sua criação, porque Ele está sempre consciente de tudo o que está acontecendo em qualquer lugar. Ele está constantemente ciente da injustiça, do pecado, da fidelidade. Seus olhos estão sempre vendo; Seus ouvidos (falando antropomorficamente – falando de Deus em termos humanos) estão sempre atentos aos clamores dos homens, especialmente dos oprimidos e penitentes (II Crônicas 16:9; Salmo 34:15; Provérbios 5:21; 15:3; Amós 9:8; Zacarias 4:10; I Pedro 3:12).

(2) Deus soberanamente escolhe alguns para a salvação eterna, aos quais traz mais próximos do que outros, e assim distingue os Cristãos dos incrédulos (Números 16:5; Salmo 65:4; Êxodo 33:16; Deuteronômio 4:7; Provérbios 18:24).

(3) A presença de Deus não é somente entre o Seu povo porém é agora no Seu povo, através do ministério do Espírito Santo (Salmo 51:11; 139:7; João 14:17-18, 23; 16:7-15). Frequentemente eu imaginava como Jesus podia dizer aos Seus discípulos que seria melhor para Ele deixa-los (João 16:7) Finalmente estou começando a entender o porquê.

Enquanto na terra no Seu corpo físico, nosso Senhor estava presente entre o Seu povo, especialmente os discípulos. Porém quando o Senhor subiu ao céu, Ele enviou Seu Santo Espírito para morar no Seu povo, assim que Ele é sempre presente com cada crente, não importa onde ela ou ele possa estar. É o Santo Espírito de Deus que traz a presença de Deus no Seu povo.

(4) Deus está presente conosco através da Sua Palavra.

14 - Porque esta palavra está mui perto de ti, na tua boca, e no teu coração, para a cumprires. (Deuteronômio 30:14).

151 - Tu estás perto, ó SENHOR, e todos os teus mandamentos são a verdade. (Salmo 119:151).

(5) Deus está sempre presente com os que Ele escolheu (Salmo 139:7-12). Não te deixarei, nem te desampararei. (Hebreus 13:5b).

(6) Deus está especialmente próximo de nós em alguns momentos. Ele está sempre próximo de nós em “tempos de necessidade” (Hebreus 4:16).4 Ele está próximo quando confessamos e abandonamos nossos pecados (Salmo 76:7; Isaías 59:2; II Coríntios 6:16-18) Ele está próximo do quebrantado de coração (Salmo 34:18; compare Mateus 5:3ss.; II Coríntios 7:6). Ele está conosco (mesmo 2 ou 3 de nós) quando estamos reunidos em Seu nome (Mateus 18:20). Ele está conosco quando cumprimos a Grande Comissão (Mateus 28:18-20). Ele está conosco quando estamos sendo disciplinados por Ele como um Pai amoroso (veja Hebreus 12:3-13). Ele está próximo quando clamamos a Ele em verdade (Salmo 145:18). Ele está perto quando O tratamos como santo (Levítico 10:3). Ele está perto de nós quando nos “chegamos próximo” a Ele (Tiago 4:8).

Conclusão:
As implicações Práticas da Proximidade de Deus

Nosso estudo nos leva a ponderar várias áreas de aplicação. Primeiro, gostaria de perguntar uma questão que estimulo você responder honestamente e seu próprio coração e alma: Você crê que a proximidade de Deus é o seu melhor bem? Se não, você está perseguindo um objetivo menor do que o melhor.

Moisés era um homem que tinha a mais íntima comunhão com Deus de todos os Israelitas (veja Êxodo 33:11), e ainda assim ele não estava contente com isto. Ele queria conhecer a Deus ainda mais intimamente, estar mesmo mais perto Dele (veja Êxodo 33:17-18). Vamos examinar nossos corações para ver se desejamos estar perto Dele. Se nosso desejo de estar perto Dele está faltando, não é de admirar que não tenhamos grande anseio pelo céu. Se não desejamos a proximidade de Deus, nossos desejos estão distorcidos na melhor das hipóteses e provavelmente são destrutivos.

Segundo, deixe-me fazer outra pergunta: Supondo que você deseja ter a espécie de proximidade de Deus da qual a Bíblia fala, você realmente sente a proximidade de Deus? Se não, o problema é realmente muito simples – pecado. O pecado separa os homens de Deus. Pode ser que você não goze o sentimento da proximidade de Deus porque você é um pecador perdido, condenado para a eterna separação de Deus, fora da Sua graça. Em Jesus Cristo, Deus se aproxima dos homens para Se revelar e para prover um caminho pelo qual o problema do pecado possa ser remediado e comunhão entre os homens e Deus possa ser restaurada. Ele, o filho de Deus sem pecado, suporta a pena pelo pecado, a pena pelo seu pecado. Recebendo o presente do perdão de Deus e a vida eterna em Cristo, você pode se tornar um filho de Deus e gozar por toda a eternidade a benção de estar perto do coração de Deus.

Se você é um crente genuíno em Jesus Cristo e ainda assim não sente a “proximidade de Deus” seu problema está enraizado no pecado também. A solução deste dilema é simples: arrependimento.

Estas palavras, escritas para a igreja complacente e sem amor de Laodicéia, expressa o convite que nosso Senhor oferece para todos aqueles que confiaram Nele e cresceram frios, cresceram em separado. Estas palavras são a oferta de comunhão íntima – proximidade de Deus – para todos os que se arrependerem e retornarem a Cristo como seu primeiro amor:

14 - E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: 15 - Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente! 16 - Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. 17 - Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; 18 - Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças; e roupas brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. 19 - Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te. 20 - Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. 21 - Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. 22 - Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. (Apocalipse 3:14-22).

Através dos anos, tenho observado que muitos Cristãos tem aceitado um conjunto de falsos padrões para determinar a presença de Deus em suas vidas. Muitos pregadores de televisão (e outros) ensinam que o teste de espiritualidade e presença de Deus em sua vida é saúde, riqueza, e sucesso na vida. Nosso estudo deve ter indicado ao contrário. Deus está próximo do quebrantado de coração, não necessariamente próximo do povo bonito cujas vidas parecem tão “abençoadas”.

Tenho me lembrado das histórias de Moisés e Elias, cujas experiências eu nunca realmente comparei. Creio que há uma lição para nós aprendermos com Elias após ele escapar de Jezabel e procurado achar a Deus e ser reassegurado da Sua presença no monte Horebe, onde Moisés teve um dramático encontro com Deus:

2 - Então Jezabel mandou um mensageiro a Elias, a dizer-lhe: Assim me façam os deuses, e outro tanto, se de certo amanhã a estas horas não puser a tua vida como a de um deles. 3 - O que vendo ele, se levantou e, para escapar com vida, se foi, e chegando a Berseba, que é de Judá, deixou ali o seu servo. 4 - Ele, porém, foi ao deserto, caminho de um dia, e foi sentar-se debaixo de um zimbro; e pediu para si a morte, e disse: Já basta, ó SENHOR; toma agora a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais. 5 - E deitou-se, e dormiu debaixo do zimbro; e eis que então um anjo o tocou, e lhe disse: Levanta-te, come. 6 - E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas, e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se. 7 - E o anjo do SENHOR tornou segunda vez, e o tocou, e disse: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho. 8 - Levantou-se, pois, e comeu e bebeu; e com a força daquela comida caminhou quarenta dias e quarenta noites até Horebe, o monte de Deus. 9 - E ali entrou numa caverna e passou ali a noite; e eis que a palavra do SENHOR veio a ele, e lhe disse: Que fazes aqui Elias? 10 - E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha vida para ma tirarem. 11 - E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto; 12 - E depois do terremoto um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada. 13 - E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias? 14 - E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei; e buscam a minha vida para ma tirarem. (I Reis 19:2-14)

Elias tinha sido instruído por Deus para simplesmente informar o rei que a seca iria acabar logo porque estava para chover (I Reis 18:1). Elias parece ter pensado na grande confrontação no Monte Carmelo por ele mesmo.

Foi uma dramática demonstração de poder e presença de Deus, porém falhou completamente em trazer a nação de Israel ao arrependimento. Elias estava devastado. Ele queria morrer. Ele não era melhor do que o seus pais, os profetas que foram antes dele.

Falei deste texto várias vezes, porém de certa forma sempre passei por cima do fato claramente declarado de que Elias chegou no Monte Horebe, o “monte de Deus” (I Reis 19:8) Com a força do alimento o qual o anjo do Senhor proveu (19:5-8), Elias rumou para o Monte Horebe. Elias queria uma repetição dos eventos de Êxodo 19:16-20? Parece que sim:

16 - E aconteceu que, ao terceiro dia, ao amanhecer, houve trovões e relâmpagos sobre o monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte, de maneira que estremeceu todo o povo que estava no arraial. 17 - E Moisés levou o povo fora do arraial ao encontro de Deus; e puseram-se ao pé do monte. 18 - E todo o monte Sinai fumegava, porque o SENHOR descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subiu como fumaça de uma fornalha, e todo o monte tremia grandemente. 19 - E o sonido da buzina ia crescendo cada vez mais; Moisés falava, e Deus lhe respondia em voz alta. 20 - E, descendo o SENHOR sobre o monte Sinai, sobre o cume do monte, chamou o SENHOR a Moisés ao cume do monte; e Moisés subiu. (Êxodo 19:16-20).

Moisés e os Israelitas tiveram uma visão espetacular da Glória de Deus quando Ele manifestou a Sua glória do topo da montanha santa. Parece que Elias queria reproduzir esta experiência para seu próprio reconforto:

11 - E Deus lhe disse: Sai para fora, e põe-te neste monte perante o SENHOR. E eis que passava o SENHOR, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do SENHOR; porém o SENHOR não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o SENHOR não estava no terremoto; 12 - E depois do terremoto um fogo; porém também o SENHOR não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada. 13 - E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; e eis que veio a ele uma voz, que dizia: Que fazes aqui, Elias? (I Reis 19:11-13)

Creio que Elias pensou que se ele pudesse ir para aquela montanha santa e reproduzisse a experiência de Moisés ele seria inundado pela presença do Senhor de uma forma espetacular. Porém mesmo que Elias tenha visto as mesmas coisas que Moisés viu, Deus não estava em nenhum destes dramáticos eventos. A presença de Deus se revelou numa pequena, calma voz. Ocasionalmente, Deus pode se revelar para nós como ele fez para Moisés, porém mais frequentemente Ele se mostrará para nós como Ele fez para Davi (em Salmo 119) e Asafe (em Salmo 73). Ele se revelará para nós nos tempos de dificuldades de nossas vidas e em formas que nos não iriamos antecipar necessariamente. Aprendamos a nos regozijarmos na presença de Deus nas pequenas formas as quais não parecem dramáticas e excitantes como podemos querer.

Finalmente, a (oni) presença de Deus deveria nos inspirar a “praticar a presença de Deus”. Devo admitir que embora tivesse ouvido esta expressão frequentemente, porém nunca tinha verdadeiramente apreendido o que significa “praticar a presença de Deus”. Como entendo agora os ensinos de Paulo neste assunto, praticando a presença de Deus é viver cada dia como se Deus estivesse presente – o que Ele está! A vida de Paulo foi vivida diante de Des e constantemente vista como sendo testemunhada pelo nosso Senhor (para não mencionar outros). Vamos lembrar que nossa conduta, nosso testemunho, nosso serviço, é sempre conduzido diante Dele que está sempre presente (Veja Jeremias 17:16; João 1:48; II Coríntios 2:17; 4:2; 7:12; 8:21; 12:19).

E vamos olhar para frente para aquele dia quando nosso Senhor retornará para esta terra para derrotar e destruir Seus inimigos e deixar-nos viver para sempre na presença de Deus, como agora nós dizemos continuamente,

28 - Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus; (Salmo 73:28 a).

Traduzido por Césio J. de Moura.


1 A. W. Tozer, The Knowledge of the Holy (San Francisco: Harper and Row, Publishers, 1961), p. 80.

2 See especially Exodus 3:5, 12, 17:7; 19:22; 24:2; 33:1-16; 34:8-17; Numbers 1:51; 3:10, 38; 17:13; 18:3-4; Deuteronomy 4:1-7; 5:27.

3 Não posso ajudar a não ser imaginar se nós agarraríamos tão tenazmente como Moisés para pedir que Deus fosse presente entre o Seu povo. Tão frequentemente, Deus é apenas um meio para o fim. Para Moisés, Deus era o fim. Moisés não queria as bênçãos de Deus sem Deus, pois em sua mente, a suprema benção era o povo de Deus permanecer na presença de Deus.

4 Observe as ocasiões no Livro de Atos quando o nosso Senhor (ou um anjo) aparece para o apóstolo Paulo para encorajá-lo e fortifica-lo (por exemplo, Atos 27:23-26).

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